Confraternização do CRAS na casa do dono do Dedé

Ontem estivemos participando da tradicional confraternização dos servidores do CRAS. CRAS quer dizer Centro de Referência em Assistência Social, que está subordinado à SEMAST. SEMAST quer dizer Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho, que está subordinada à PMB. PMB quer dizer Partido das Mulheres de Buritis. Peraí, ainda não. Mas falta um tantin assim pra virar o partido das mulheres... rs... PMB é a abreviatura para Prefeitura Municipal de Buritis. Embora que partido das mulheres de Buritis caiba bem para essas autarquias, visto que é bem sonoro o Jaciara e Saionara (principalmente Saionara) nessas repartições. Aliás, na gestão Roni, as mulheres têm tido um protagonismo sócio-político singular frente à secretarias essenciais como Saúde, Educação e Ação Social. 

Voltemos para a noite de ontem e a confraternização do CRAS. Depois de errarmos algumas vezes o caminho sob a noite talada de ébano, assustando e deixando surpresos os moradores de algumas casas às margens da estrada, conseguimos encontrar a chácara de mestre Sidnei, um local agradável e tranquilo, protegido por Dedé e companhia. Dedé é um cãozinho de raça que eu não sei definir e responsável pela segurança do sítio. Ele é muito gentil e educado, embora tenha dado fim a alguns enfeites natalinos que ficaram ao seu alcance. 

Mestre Sidnei (acredita-se, que seja o dono de Dedé), além de mestre, artesão, marceneiro, ferreiro, carpinteiro,  pescador, pintor, escultor, inventor, castor, é também um mestre cuca na arte do arroz de tacho. Uma delícia: um tacho sobre uma fornalha feita de um aro com portinha para colocar carvão, onde ele frita, doura, tortura, afoga, refoga e pratica outras maldades malévolas com cebolas, alhos, azeitonas, bacon picado, e outros ingredientes que não dá para eu falar porque a boca já se encheu d'água. Depois, ele junta uma baciada de arroz previamente cozido e começa um sambalelê culinário de pá, tacho, fornalha, tempero, arroz... e o aroma é uma tentação irresistível  para os glutões. Sidnei faz tachos de disco de arado para vender, viu. Quem tiver interesse em fazer arroz de tacho...

Os servidores e familiares foram se espalhando pelo gramado, em derredor da churrasqueira, pelo jardim, em derredor da churrasqueira, outros se acomodaram às mesas aos pés dos jambozeiros iluminados e outros em derredor da churrasqueira onde pedaços suculentos de costelas se revolviam num convite sensual: "Devora-me com essa boca cheia de dentes!" As conversas animadas nas rodas de amigos, mas principalmente no círculo da churrasqueira de nosso anfitrião, discutiam mais sobre pescaria, tralha de pescaria (já que Beto da Friágua era um dos regentes) e outras frivolidades do dia a dia que, certamente, são as que nos dão alento para viver.

Sobre a máscara, Sidnei colocou um pendurada lá na placa da casinha, na beira da estrada principal, sinalizando o entroncamento onde deveríamos entrar para não errarmos o caminho. E onde só entramos depois de termos errado o caminho. Todo mundo embicou no terreiro errado antes de acertar com a máscara.  Bom, definitivamente essa não é a função da máscara. Mas a máscara caiu mesmo foi na revelação do amigo choco secreto. Leo abriu a porta das revelações. Depois, tivemos o amigo da onça. Até Saionara, com seu rompante de Furacão Baiano da Terra da Palmeira, teve que se submeter a investida implacável do amigo da onça que lhe confiscou um quite de espetos para churrasco. Gecira não quis nem saber  "passa pra cá esses cobiçados espetos, chefia, que a noite é minha". 

Gecira estava com sorte nessa noite. Depois, o nosso anfitrião, que faz um arroz de tacho top da galáxia, sorteou um tacho folheado a disco de arado, obra de artesão mesmo. Adivinha quem ganhou o tacho? Não, não foi a Gecira. Quem ganhou foi o Edir... Mas, Edir é o marido de Gecira, logo Gecira ganhou também o tacho... ficou todo mundo com cara de tacho, né! kkkk! 

Por fim, Dedé, deitado aos pés de seu dono dormiu, depois de se fartar com as gorduras e nacos de carne lhe ofertados como pagamento pelo serviço de segurança. Ao lado, um caroço de jambo, talvez descartado por Fernanda, já que nunca tivemos antes na história desse município conhecimento de alguém que gostasse tanto de jambo assim. Uma jambólatra autêntica. Bom, foi uma noite esplendorosa para coroarmos esse ano que não foi fácil, mas juntos podemos mais (acho que copiei isso de alguma campanha aí). Gratidão a Deus, à família, aos nossos chefes, aos colegas. A vida segue e nós estamos agarrados com ela!






















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