Sem conseguir infectar ninguém, coronavirus tenta bugar sistema de Buritis e abrir brechas

Ninguém foi infectado pelo coronavirus em Buritis, porém o vírus acabou bagunçando o sistema político-administrativo da Terra da Palmeira. Tudo graças ao vai-e-vem frenético de informações nessas últimas horas. O fluxo foi tão grande nas redes e na boca do povo que provocou uma onda de decretos e contradecretos que acabou saindo do político, passando pela economia e baixando no judiciário. O "bagúio" tá meio doido, véio.
          Sob pressão e quase a perder os cabelos do trecho recém-encabelado, Roni Irmãozinho vem lidando com uma situação inédita para ele, para o Brasil e para o mundo habitado por seres humanos. O combate ao coronavírus. No seu último ano de governo veio a calhar cá e nos confins da Terra o maldito vírus. De um lado, os procedimentos de combate e contenção do vírus; do outro, parte dos comerciantes insatisfeitos com as medidas; do terceiro lado, os descrentes; do quarto, os crentes; do quinto, os internos...
          Dados os últimos dados baixados e decretados, pomos nos a discorrer sobre as conflituosas respostas com que foram recebidas as normas para a população. Lá pelo meio de março, quando se tomou conhecimento da investida do Covid 19 nas terras de Teixeirão, o Alviverde decretou a suspensão de todas as atividades educativas e parte das econômicas. Com decorrer dos dias, sem nenhuma vítima na Terras da Palmeira (senão as famosas vítimas quase fatais dos boatos das redes sociais, que infestam e matam mais que o próprio vírus)), graças à uma eficiente blindagem do comitê de enfrentamento, parte do comércio-porta-fechada começou a turbar-se. As pressões foram crescendo e, durante o final da última semana, o Soberano sinalizou positivamente para abertura, com algumas normas de procedimentos, parte desse comércio.
          Segunda-feira se fez o anunciado e na terça estava tudo lotado. De gente de todas as idades, cores e sabores, indo e vindo, rindo e interagindo, comprando, vendendo, Mercados, bancos, lojas, lanches e o que tinha direito, até que veio a Defensoria. A alegria do povão durou pouco, pois pouco depois, depois do almoço e antes do dia terminar, já circulava a news de uma ação da Defensoria Pública de Buritis para a suspensão dos efeitos do decreto que autorizara o funcionamento do comércio. A notícia foi divulgada pelo site TBN Notícias. Resumidamente, agora com assunto indo ao Judiciário, podemos voltar ao que era antes de ser o que foi de segunda pra cá. Lembrei da história do menino, o velho e o burro.
          A título de informação, caso o coronavírus fure a blindagem construída pelo comitê de enfrentamento, nós temos sete respiradores mecânicos assim distribuídos: três na rede pública de saúde e quatro na rede privada, o que passar disso, tira no "pedra, papel e tesoura" para as ambulâncias.