Carreata expõe insatisfação de segmento do comércio
A ACIB (Associação Comercial e Industrial de Buritis) ganhou um abacaxi (oferta especial do Covid-19) para descascar: lidar com a ala de comerciantes insatisfeitos com os procedimentos adotados pelo comitê municipal de enfrentamento ao covid-19 ou ignorá-la. Sofrendo com percas econômicas esse segmento quer rever os procedimentos de confinamento e limitação desenvolvidos pelo comitê. Se o vírus não vem até Maomé... Bom, nada de bom, porque nem todo mundo aqui é atleta. O fato é que com a carreata de hoje, esse movimento de insatisfação se materializou e dentro dele há alguns disposto a desafiar as normas e se tornar o mártir que batizará, sabe-se-lá-com-o-quê (quem sabe com álcool gel) a causa dos Portas-Fechadas. É ano eleitoral. Ótima oportunidade para a germinação de novas figuras para compor nosso saturado cenário político. É necessário ouvir as vozes dissidentes. Ou não. Quem sabe amordacá-las pela força. A truculência. Truque lento.
>Se puder, não saia de casa, evite aglomeração<
Gente, bom seria se estivéssemos todos confinados, resguardados, evitando a proliferação dessa peste. Mas a situação econômica sufoca tanto que alguns preferem correr o risco e se expor e expor a terceiros. Por outro lado tentam evitar um colapso econômico em cadeia e que atingirá a todos nós mais cedo ou mais tarde. O Covid-19 nos espreita, como um predador na tocaia e esfregando as garras diz: "Uma hora oceis vão ter que sair da toca..."
>Pense nos outros, lave sempre as mãos, por enquanto, nada de cumprimentos efusivos: beijos, abraço, apertos de mãos <
Estará o prefeito disposto a sentar e dialogar com essa ala dissidente? Ala que resmunga: o prefeito tá de boa, pois o dele não está na meta. Ou será no: Está escrito, cumpra-se! Lavar as mãos não resolverá esse problema, nem com álcool gel. Apesar de, particularmente, preferirmos água da torneira e sabão. Também pode fazer vista grossa, fingir que nada disso está acontecendo, que é só fogo no rato de oportunistas e blá blá blá blá. O fato é que o Coronavirus foi bater o pé em solo brasileiro e já absorveu a velha e nociva prática da política tupiniquim: dividir o povo em A e B. Na Terra da Palmeira, esse vírus dos internos dividiu os comerciantes entre os Portas-Abertas e os de Portas-Fechadas. Bom, aí foi só sentar e esperar uns diasinhas. A luta de classe começou. O vírus chegou na ACIB. A Associação manterá sua orientação alinhada ao prefeito?
É preciso conversar com essa gente ou então ir empurrando com a barriga até vencer a quarentena. Dos políticos da cidade não precisam esperar muita coisa, pois é um jogo perigoso isso. É coisa de vida ou morte. Já pensou se alguns desses vereadores apoiem essa causa e depois sejam responsabilizados pela possíveis desgraças que venham suceder em decorrência da proliferação do Covid. Nem me convide que não vou.
É preciso diálogo, falar-ouvir, conversar com os comerciantes, compreender suas necessidades. Discutir possíveis procedimentos e flexibilização para a progressão e retomada da atividade comercial. Estabelecer novas regras que viabilizem a sustentabilidade desse setor econômico em nosso município. Por outro lado tem a rixinha: Por que o prefeito pode e eu não? Depois, ninguém será obrigado a abrir seu comércio. Isso é de acordo com a compreensão de cada um. Se eu entendo que se abrir minha loja vou colocar em risco a minha saúde, a saúde de meus colaboradores e clientes, não vou abrir, uai. Ainda que não concordemos, precisamos ouvir o outro. Respeito. Precisamos nos reinventar em tempo de crise.
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