Em paz, Casa dos Onze e Alviverde preparam corrida para 2020

O que começou como um prenúncio de uma queda de braço entre a Casa dos Onze e o Palácio Alviverde, isso após a ascensão do vereador Marcelo Mendes à presidência da Casa no início de 2019, não se configurou e quem apostou que Roni teria uma forte oposição com o vereador petista no comando da Câmara Municipal pode pagar porque perdeu. Embora a Casa tenha definido bem o seu papel e se tornado até mesmo protagonista no cenário político regional, os conflitos com o Executivo, que ditaram a relação Casa-Palácio em 2017, ou aquela suposta "subserviência" em 2018 foram desconstruídos em nome de uma harmonia entre os poderes, apesar de alguns cidadãos entenderem isso como ruim para o interesse da população em geral, pois sem oposição a tendência é que alguns segmentos da população não se sintam representados.
          Na sua posse simbólica no final de 2018, o discurso de Marcelo Mendes destacou bem o que seria sua gestão e o posicionamento no trato com o executivo. Roni Irmãozinho deve ter entendido a mensagem e, a partir daí, pudemos observar o desenho de uma relação mais institucional com a Casa dos Onze, talvez por respeito à expressão política do presidente ou  pelo desejo do Soberano de sedimentar apoio para 2020, o certo é que no plano político a Casa dos Onze e o Alviverde conduziram um 2019 sem sobressaltos.
          O alinhamento dos chefes dos poderes Legislativo e Executivo de Buritis aponta para uma possível aliança na corrida eleitoral em 2020 e entre a população corre a conversa de uma provável legenda Roni/Marcelo, mesmo porque tanto um como o outro pertencem à siglas de esquerda (PT e PDT), o que já uniria os dois para o embate contra um possível bloco de direita em um eleitorado que emplacou cerca de 70% de seus votos à direita em 2018. Todavia nada está definido e até lá muitas especulações serão levantadas e os interesses dos grupos partidários muitas vezes falam mais alto. Um exemplo da mudança nos ventos políticos é o próprio Roni Irmãozinho até nos dias finais para registro prefigurava que não sairia candidato e páh! está aí o homem. Talvez a receita para se ganhar uma eleição na Terra da Palmeira tem como um dos ingredientes o elemento surpresa. Bom, 2020 dirá.