O dia em que ameaçaram o chapéu de Roni Irmãozinho


Se não tivessem filmado ninguém acreditaria. Foi ontem. Na noite de Magia, organizada pelo CRAS/SEMAST. O prefeito de Buritis, Roni Irmãozinho, participava do evento sentado à mesa das autarquias, proseando de boa com sua senhora e com a secretária de Ação Social e Trabalho, a Jáci Jaciara, enquanto rolava uma roda de capoeira sob o batuque de Gecira, Anzol e equipe. De repente...
          Saiu da roda de capoeira e veio caminhando até ao Soberano do Alviverde uma pessoa do gênero feminino de estatura mediana baixa. Parou, olhou para o Senhor Absoluto do Alviverde. Uni, duni, tê, salamê, minguê o escolhido é você. Escolhido pra quê? Para a roda de capoeira, meu peixe.
         Rapidamente, pelo "Ele aceita" e "Ele não Aceita" começaram as se fazer as apostas, enquetes, pesquisas, o dólar subiu, a bolsa caiu... E o povo pedindo: Prefeito! Prefeito! Briga! Briga! Briga! E contra todas as expectativas negativas, depois de resistir inutilmente, Roni Irmãozinho, mais para agradar ao seu povo, desceu para a arena como um gladiador que luta pela vida até morte, subiu ao ringue como um boxeador boxeado... Que nada, ele foi é pra roda de capoeira com Gecira e aí o bicho pegou.
          Era pé zunindo nas "zoreias" do Soberano, era pé testando a firmeza de irmãozinho, era isso aqui, era aquilo de lá, e soberanos indo daqui pra ali, de cá pra lá, tentando acompanhar o gingado de Gecira. Inté que o Chapéu Soberano, protetor das 10 Pedras Místicas do Círculo Redondo da Jonas Ferreti, assuntou do alto da cachola soberana e tacou um tento:
          - Moço, num acha que tá na hora de parar com bamboleio não?! Já vi passar aqui na minhas alturas 2 pés, 12 dedos e se bobear a gente vai beijar o chão já-já. Vai que essa menina me tira daqui do alto da minha grandeza e o seu povo me vê rolando no chão, já pensou no espetáculo? O quê que aquele balaieiro magrelo vai escrever da gente?
          Aí o Soberano deu um último rodopio, esperou a vertigem passar e agora se vai os versos versados por nós.  leia como se você fosse um narrador de rodeios):

          - Moça, escute aqui deixe eu te falar
          Sua arte é muito boa, é de se elogiar
          Mas se tratando de capoeira
          Eu só sei mesmo é roçar .

          Por isso por apreço te admiro
          Tanta agilidade é de por respeito
          Não dá tempo nem do meu respiro
          Se não vigio, no chão já me deito.

         Mas, humildemente, confesso
         Estou mesmo num embaraço
         Mas saiba que eu seria campeão
         Se aqui fosse uma prova de laço.

Veja o vídeo da peleja.
Tchau, brigado!

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