Teste Seletivo vira batata-quente entre vereadores e prefeito


Quase todo o leitor do Balaio já brincou alguma vez de batata-quente, não é mesmo? Quem nunca brincou, ao menos assistiu. Pois então deverá saber que o Processo Seletivo Simplificado da Prefeitura Municipal (o Teste Seletivo) de janeiro deste ano se transformou numa batata-quente que ora está na mão dos vereadores ora está na do prefeito. Resultado: Ninguém quer pagar a prenda... ou mico.
Sendo assim, a Sessão Extraordinária da Câmara dos Vereadores realizada no dia 11/05 não botou fim ao vai-e-vem da batata. Na referida sessão, alguns servidores celetistas que ali compareceram ficaram sabendo que a batata estava no Palácio-que-hoje-não-é-de-cor-nenhuma (pois na frente é verde e branco, de um lado é da cor da banana-maçã madura, do outro é de branco desbotado e no fundo da cor-de-burro-quando-foge), bastando apenas o prefeito dar uma canetada e zás... The end, emergenciais.
Porém, no Palácio-de-Cor-Indefinida (onde se ouve gemidos, passos e ruídos do além quando o sol baixa e a lua sobe, isso por causa do capacete do guerreiro moai, da remota ilha de Páscoa, que está enterrado em seus alicerces), como eu ia dizendo no Palácio, os celetistas ficaram sabendo que o prefeito não estava com a papelada por ora, mas já teria lido e se cientificado do ocorrido. Descobriram também, de novo, que a encomenda teria tomado o rumo da Casa dos Onze.

No Palácio-de-Cor-Indefinida
O prefeito que não é bobo nada, sabe que assinando a papelada vai desestabilizar meio mundo buritisense, começando do braçal até a Organização das Nações Unidas. Prejudicando principalmente nossas crianças que ficariam nas suas saunas de aula sem professor, zeladoras e, principalmente, cozinheiras. Por isso, tratou de mandar um recado para as suas Excelências da Casa de Leis: “Querem que eu assine a papelada, nem. Beleza! Assino, mas se der BO vou à rádio e boto a boca no trombone e microfone”. Aí, o pessoal da Casa dos Onze se assustou , pois sabem qua vai dar BO. “Assim não, seu prefeito, a pimenta tem que arder só no seu olho, no nosso não, o senhor quer quebrar a gente, é?" Agora está difícil. O filho apareceu e o pessoal dizendo: "O pai não sou eu". Uma hora a viola desentoa.
Todavia, nesse filme buritisense o mocinho demorou atuar e agora a mocinha coligou com o vilão e não há como salvá-la se não praticar uma injustiça maior. Quem terá a coragem de enfrentar a opinião pública e corrigir o erro que faz bem? Mesmo que seja para alguns. Isso dependerá deste tão confuso e polêmico "ponto-de-vista".

Enquanto a galera do comando da Casa dos Onze e do Palácio-de-Cor-Indefinida não resolve na mão de quem a batata-quente deve parar, as coisas vão fluindo dentro do que foi acertado lá no final de janeiro e início de fevereiro, mesmo que agora todo mundo desconfia que tenha coisa errada, de fato, no processo. Deve ser um til, uma vírgula ou um pingo sem i. Sabe-se lá. A Câmara e a Prefeitura sabem.

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