Povo paga bem para vereadores valerem onze mil
Mais
uma vez os Onze da Casa de Lei Buritisense entram no balaio, graças ao
observatório popular do Whatsapp. Dessa vez, o questionamento é a mesada gorda
que, supostamente, cada vereador recebeu para participar, durante cinco dias,
de um curso da Escola do Legislativo em Ji-Paraná. Olha a epígrafe do curso: “Um
homem preparado vale por mil despreparados”. Sei.
São
esses aí que pertencem ao embate do polêmico Teste Seletivo dilatado, teste este que poderia ser citado em uma delação premiada sem fins lucrativos, são eles que vão de Câmara sem auditório e
sem garagem... Já vamos para seis meses dessa vereança. Se fôssemos avaliá-los, entenderíamos
por que devem fazer o curso. Estão certinhos.
Pensando
bem, é melhor estarem se preparando mesmo, pois até agora só algumas fotinhas e
muita reclamação do povão quanto à atuação dos tais. Alguns destes até tentam
fazer alguma coisa. Mas acabam patinando. Mesmo porque um vereador nunca está
preparado. Vejam só, até os reeleitos foram fazer o curso. Está direito. O
conhecimento se renova, temos coisas novas para aprendermos todo dia.
Está direito.
De acordo com os
matemáticos do Whatsapp, a despesa com a bolsa-escola da vereança custou aproximadamente
R$ 30.000,00 aos cofres públicos. Pois cada diária saiu, em média, seiscentos
reais. Quem paga? Você aí que vive reclamando da rua esburacada, do setor sem
iluminação pública, das saunas de aula nas escolas, das pontes e bueiros mal
conservados, do transporte escolar... Parem de reclamar e vão trabalhar, seus
inconformados de barriga-cheia. Keep calm. Temos dinheiro poupado. Mais de R$
600.000,00, de acordo com os últimos cálculos do Palácio-de-Cor-Indefinida.
Continuando nosso cálculo, nossos nobres vereadores
receberam três mil reais durante cinco dias. O mês tem 30 dias. Sendo assim, a
proporção seria de 18.000 reais por mês. Pronto, empataram com o salário do
prefeito e ganharam nove vezes o salário de um professor que trabalha 40 horas
semanais.
Mas estamos falando de vereadores, nem. Eles estão
revestidos de um quê de nobreza e singularidade. Tudo que eles fazem ou dizem na sua função é
pelo bem da coletividade.
Agora
resta saber se a história é essa mesmo e como todo esse preparo será revertido
para o bem do cidadão. Vejamos!
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