Para driblar a falta de professores, escolas servem rodízio
O ano letivo na rede municipal de Educação de Buritis iniciou em 20 de fevereiro. No entanto, a maioria das escolas vêm padecendo com um velho dilema: Falta de professores para preencher a lotação docente nas escolas.
O problema é velho e a dor de
cabeça é contagiante, pois afeta todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem, inclusive os pais.
Para dar um paliativo no
dilema, a Secretaria de Educação do Município realizou um teste seletivo com a
função de preencher essas vagas. No momento, os efeitos não se tem sentido em
algumas escolas.
Enquanto os celetistas
classificados não tomam posse para assumir as turmas, as escolas tem se virado
como podem para garantir o andamento do calendário escolar, servindo-se do
rodízio de professores de quarenta horas, remanejando as seis hora para
preencher a carga horária dessas classes descobertas. Todo dia o aluno tem
aulas com um professor diferente, que funciona como um tampão até o regente
assumir.
Por um lado o rodízio é bom,
pois não há necessidade da escola dispensar a turma, não atrasa o ano letivo e
quebra o galho até a definição do professor regente da turma.
Por outro lado, a coisa pode se tornar o pior
negócio. Ruim para a adaptação do aluno e solidificação de sua identidade com o
professor e o ambiente escolar inicial, já que a criança necessita de um
referencial para recorrer em suas relações pessoais. Além disso, o novo todo
dia fica velho e vicioso. Para os professores do rodízio também não é bom, já
que não há tempo para um planejamento do grupo com diagnóstico da turma e acompanhamento
do desenvolvimento escolar das turmas, sem contar que a imposição do rodízio
pode desenvolve apatia nos indivíduos envolvidos.
Algumas escolas têm optado por
dispensar as turmas sem lotação de professores. O que tem gerado uma série de
reclamação dos pais nas redes sociais.
- Se não é pra ter aulas para
alguns, por que então iniciaram o ano letivo? Só pra cumprir as formalidades e
manter as aparências?
O certo é que enquanto os
professores contratados no Teste Seletivo não assumirem, teremos a novela do
rodízio. E não adianta tampar o sol com a peneira.
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