Águas de Buritis pede socorro

Parece que o negócio de água em Buritis só tem prosperado para o pessoal dos galões azuis, nem Beto. Águas de Buritis que o diga, só que não. A concessionária não tem aqueles galões azuis para engarrafar sua água sugada do caudaloso Candeia e, por isso, está pedindo boia para não se afogar no empreendimento na terra das Pedras-Místicas-do-Círculo-Redondo.

Após altos investimentos no estabelecimento de captação, tratamento e distribuição de agá-dois-ó para a população buritisense, a concessionária não tem obtido retorno favorável para a ampliação da rede, ameaçando até mesmo a sustentabilidade de seus projetos na terra da palmeira. Talvez a baixa adesão da população ao consumo de água tratada.

A empresa fez de tudo para captar novos clientes. Sorteou televisores e dinheiro (fiquei morrendo de inveja, mas não tinha um dos requisitos para concorrer, pois na minha rua não passou rede), lavou caixas d’ água, reparou encanamentos. E o povo cavando poço e comprando galões de água mineral nos mercadinhos.

A crise da água é tão grave que se fez até uma reunião na ACIB, na noite de 08/02, com o prefeito de Buritis e equipe da concessionária para conter a seca da Águas de Buritis, apesar das chuvas torrenciais que têm caído na cidade. De acordo com uma usuária no fofoqueiro Whatsapp, se não houver uma ação do poder público e da população é possível que a empresa encerre suas atividades em Buritis. Parece que a maioria do povão ainda prefere cavar seu poço a encarar mais uma fatura mensal no parco orçamento. Mas, se eu fosse eles esperava mais um pouquinho. Parece que no dia 16 está marcado mais um fim de mundo. Então...

É estranho. Com os negócios assim, neste barco furado, vamos à contramão do desenvolvimento da região. Porém uma coisa explica isso e, até certo ponto, não tiro a razão do cidadão: os nossos serviços públicos são muito caros e nem sempre correspondem às nossas expectativas. Tomemos como exemplo o custo da energia elétrica e dos combustíveis.

Gato escaldado tem medo de água fria.