O fim das peripécias de Cunha
E a novela em Brasília segue
desenrolando seus capítulos.
02/12/2015 - Depois que tudo começou com
o PT de Dilma sendo favorável à admissibilidade
do processo contra Cunha dentro do Conselho de Ética (isso no fim do ano passado). Na cabeça de Cunha o PT o apoiaria para impedir a
continuidade daquele encosto na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados e ele,
como presidente daquela casa, rejeitaria qualquer pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente da
República. Porém, o posicionamento do PT durante aquele dia aborreceu o Careca
Narigudo. Aliados de Cunha afirmaram que o presidente da Câmara se sentiu
enganado, uma vez que, pela manhã, o Palácio do Planalto havia acenado que o PT
estaria unido a ele. À tarde, no entanto, os representantes do partido no
Conselho de Ética afirmaram que votariam pela admissibilidade processo. O
resultado foi catastrófico para Dilma. Talvez os petistas acreditassem num
isolamento político promovido pelo próprio PMDB a Cunha. Ou, quem sabe,
desconhecessem a influência que o Narigudo tinha na Casa. O fato é que os
representantes do PT deram um tiro no pé. Logo, naquele dia, Cunha aceitou o
pedido para a instauração do processo. Tipo assim: “Quer guerra, então vai ter
guerra!”
O que se seguiu foi um show de manobras
do Eduardo se safando na Comissão de Ética e descendo o sarrafo cá na comissão do Impeachment da Dilema. Nunca na história desse país um presidente da Câmara deu tanta dor
de cabeça para um presidente da república do que o Careca (e seus aliados) deu para a Dilma.
Daí em diante, a coisa complicou. PF,
MORO, LULA, MST, CUT, FORO PRIVILEGIADO, FHC, ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO,
COXINHAS, MORTADELAS...
17/04/2016 – Depois de dias e dias de
embates nas tribunas do Legislativo, a Câmara, sob a presidência do Cunha,
aprova a abertura do processo de Impeachment contra a presidente Dilma.
05/05/2016 – Duda Travadilma estava
impossível. Com essa epopéia toda até conquistando fãs estava. Alguém tinha que
parar o homem. A Justiça (não a divina) baixou a sua intervenção. Os ministros se
reuniram. Olharam um para o outro e, de 11x0, brecaram o Narigudo. Um consolo,
por ora, aos vermelhos e o fim das peripécias políticas do Cunha.
Para o PT, isso já era tarde. A porteira
já está escancarada.
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