Chega de Judas, queremos o bode!
Porém, ao contrário do vazamento da Samarco,
que procura o mar para beijar, essa vai se entranhando cada vez mais nas câmaras
e recâmaras do parlamento, a procura dos seus genitores. Estica um bracinho
podre e fétido, alcança, abraça. Reclama-se do afago. Apesar da contestação do
abraçado e seu clamor de que “não te conheço, não sou seu pai!”, também é
arrastado molemente. Está enrolado, engolido pelo creme lânguido, asqueroso e espesso das lavagens.
Grita-se aqui, reverbera-se de lá, e a
guerra de lama vai atingindo os santos e todos os santos. Deitam-se como um
cordeiro e, como um lobo se levantam. Protelam, propinam, acuam e recuam, assustados,
pois sabem que somente daí e, nada além daí, tem que sair o Judas que, se ainda
não foi, será malhado implacavelmente pela sociedade induzida e conduzida pelo
aparelho das mídias. Os
De Judas já temos um montão que enche um
caminhão camburão. Mas, e o bode expiatório, onde está?
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