Suposta quadrilha desviou cerca de R$ 5 mi de prefeitura de Buritis,

18/03/2015 08h26 - Atualizado em 18/03/2015 08h26
Operação Perfídia prendeu três pessoas por envolvimento em esquema.

Suposta quadrilha falsificava documentos e licitações para desviar verbas.

Karla CabralDo G1 RO
Procurador do MP, Héverton Alves e o Diretor da Polícia do Interior Elizeu Muller (Foto: Karla Cabral/G1)Segundo procurador-geral, Héverton Aguiar (esq.), quadrilha falsifica documentos e fraudava licitações (Foto: Karla Cabral/G1)


Um suposto esquema nas secretarias municipais de Obras (Semob) e de Educação, Cultura e Esporte(Semece) de Buritis (RO) desviou de cerca de R$ 5 milhões no período de 2013 a 2014. As fraudes foram descobertas na Operação Perfídia, realizada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), com o apoio da Polícia Civil do estado, que cumpriram diversos mandados na terça-feira (17) no município e também em Ariquemes (RO). Segundo as investigações, empresários, servidores e políticos locais estão envolvidos.
Os envolvidos são suspeitos de diversos crimes, entre eles falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, concussão e corrupção.De acordo com o MPRO, a suposta quadrilha falsificava documentações e licitações para beneficiar agentes públicos e empresários da cidade. "Viaturas da Semece eram constantemente reformadas, peças eram compradas, eram entregues e o mesmo veículo vivia sendo reformado e essa era a forma com que essa quadrilha encontrou para desviar o recurso público", explicou o procurador-geral de Justiça de Rondônia, Héverton Aguiar.
Na terça, três pessoas tiveram prisão preventiva decretada, que pode durar até 81 dias. São eles o empresário Jaime de Paula, o servidor público Juliano Bolsanel e o empresário Ronaldo Pires Corrêa. Houve ainda três conduções coercitivas, 14 mandados de busca e apreensão, nove ordens de suspensão de função pública, 13 proibições de acesso a órgãos públicos e quatro afastamentos de sigilo bancário nas cidades de Buritis e Ariquemes.
A operaçãoA Operação Perfídia teve início no ano passado e investiga o suposto esquema há aproximadamente 6 meses. As apurações devem ter continuidade. Segundo o MPRO, o material apreendido na terça-feira dará origem a outras fases da operação. "As pessoas serão todas ouvidas e a análise dos materiais vai nortear os investigadores para os próximos passos", disse Héverton Aguiar.

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