Apagou-se o fogo na churrasqueira



Chegou ao fim o que nunca devia ter começado: A greve dos servidores públicos municipais de Buritis.
Depois de várias tentativas frustradas, o embate final ocorreu na Promotoria Pública com a intervenção da promotora. Por fim, chegou-se a um acordo.
Mas a luta foi tremenda. O novo comandante encontrou um exército desmoralizado e tímido, pois o inimigo havia se infiltrado em suas fileiras. Muitos soldados haviam desertados, outros rendidos. Não se alinharam com os companheiros. Não acreditavam na vitória. Porém ele não se acovardou. Juntou as tropas. Deu ânimo, esperança. Estabeleceu capitães corajosos, parceiros de outras batalhas, experiências. Levantou o moral dos combatentes.
A batalha já se armava. O inimigo forte e furioso atacou. Pensou que cansaria aqueles poucos guerreiros, que os aniquilaria, pois tinha RAYo e trovão, forças do além. O pequeno exército resistiu. Com a cara e a coragem. Não fugiu da arRAYa, nem do trovão.
Mas quanto mais lutavam, mais a vitória parecia fugir, ficando distante. Fogo cerrado. Momento de quietude, expectativas extinguindo.
De repente, uma luz forte se espraiou sobre o acampamento dos valentes. A Mediadora acudiu. Não veio para condenar estes ou aqueles. Veio para fazer valer a Lei da Justiça e do Bom Senso. Fez com que os capitães se encontrassem. Então os líderes acordaram. Discordaram e concordaram.
Apagou-se o fogo na churrasqueira. Guardaram as cadeiras.

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