A Mãe Gentil chora
Ai, ai, ai. Como anda calado meu país!
Cambaleia de um lado para o outro embriagado pelo seu
orgulho.
Não há nada que se possa fazer por ele!
Está desorientado e não percebe a ferida que se abriu em seu
coração.
Seus valentes caíram no campo e não encontraram força para
levantar.
Estão confundidos. Suas estratégias foram descobertas.
Foram desbaratados! Estamos pasmados!
O adversário
descobriu seu ponto fraco e por ali desferiu lhe golpes
Sem dó e nem piedade. Massacrou!
O brado retumbante se ouve às margens do Rio da Plata.
Não respeitou o choro dos meninos e nem o grito das
mulheres!
Os velhos estão assustados. Nunca viram derrota tão grande
nos seus tempos.
A glória ficou no passado.
Os moços andam cabisbaixos. Encolheram as flâmulas.
Suspiram!
As cidades estão quietas. A mãe gentil chora e não há ninguém
para consolá-la.
Os braços fortes eram uma ilusão. Não puderam guardar o
florão.
Nossos olhos não creem no que vemos!
A Mãe Gentil chora e não há quem a console!
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