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Mostrando postagens de junho, 2014

Malas e Bolsas

            O ônibus saía às 15 horas. Não podia perder o horário. Às quatorze horas o menino e a sua família lá estavam em um dia qualquer de junho de 96. Sol quente, um movimento tremendo de passageiros e cargas. Gritos de taxistas por passageiros, grito de passageiros por lotação, choro de crianças e motores se fundiam  ao zum zum das conversas animadas dos viajantes. Um cheiro de salgados fritos em gordura envelhecida e fumaça de cigarros impregnavam o ar provocando caretas e náuseas nos estômagos doentes e mesmos os mais fortes não resistiam tamanha combinação olfativa. Do outro lado, já fora do perímetro da rodoviária, enxames de abelhas e moscas incomodavam e se acomodavam nos bagaços de cana da garapeira. Garapa geladinha com pastel dizem alguns que é uma delícia, além disso, conta o conselho dos mais velhos, põe a malária para fora de quem a tem. Não sei como.  Engraxates sujos e abatidos com suas ca...

Líder evangélico é acusado de assediar fiéis pedindo voto

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"Retrato da igreja desses últimos dias. Igreja com I minúsculo, porque a Igreja de Cristo, a Eleita de Deus, não se corrompe e nem dá razão para os incrédulos escandalizarem a fé. Agora ele é quem devia ser destituído da liderança. O que dificilmente ocorrerá, pois ele apenas seguiu uma orientação dos seus superiores. Errou por não vigiar e exagerar na dose." O líder gravou um vídeo dizendo que era uma brincadeira que ele fez com seus amigos no WhatsApp por Leiliane Roberta Lopes Líder evangélico é acusado de assediar fiéis pedindo voto O líder de jovens de uma igreja Assembleia de Deus em Porto Velho (RO) está sendo acusado de assediar fiéis para votarem em dois candidatos nas eleições de outubro. Iranilson Souza aparece em uma gravação feita por um fiel exigindo que todos votem em Agnaldo Muniz, candidato a deputado federal, e Marcelo Cruz, candidato a deputado estadual. Quem não votar nesses candidatos seria punido perdendo seu cargo. O áu...

Uma crônica às escuras

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Depois de uma semana cansado dos sacolejos pelos buracos das ruas, o cidadão buritisense quer desfrutar seu final de semana no conforto de seu lar ouvindo som, assistindo televisão, navegando na internet e tomando um simples copo com água gelada. Isso seria até possível se não fosse a energia elétrica, ou melhor, a falta dela. De uns tempos para cá a queda de energia se tornou uma constante. E não tem horário e nem faixa etária para atacar. Não olha condição social, cor raça ou religião. Essas quedas de eletricidade pelo menos não são preconceituosas. É no meio da noite, do dia ou da rua. De repente tudo para. A energia acabou. Faltar eletricidade à noite é trevas... Mas aqui em Buritis a gente só percebe que a energia se foi quando está em casa, porque na rua todo dia de noite é só o breu. Não temos uma iluminação pública decente, ao contrário do Alfaville, onde não mora quase ninguém. Até os sapos de lá vivem na luz, dando seus coaxados iluminados e orgulhosos. Mas no escuro...