E a epopeia continua
Já se passaram quinze meses da atual administração. Depois
de criar uma grande expectativa na maioria dos munícipes alegando o apoio de comerciantes e do governador para fazer um excelente trabalho, não é isso que temos
observado nesses últimos meses. Parece que os aliados do prefeito se assustaram
quando viram o saldo nos cofres da prefeitura e o abandonaram.
Do lado da educação temos o descontentamento dos professores
alfabetizadores que perderam sua gratificação depois de mais de quinze anos a
recebendo. E olha que era uma gratificação paga com recursos do Governo Federal (FUNDEB). A questão da reposição salarial, de todos servidores, que nunca chega, faltam salas de aulas nas escolas e sobra exigências.
Na saúde, este cidadão teve que comprar compressas de gaze para que fosse tirado os pontos de um curativo no pé do filho. Aí você me pergunta: Ficou pobre por ter comprado uma compressa de gaze que custa só um real? E eu te respondo: Não. Mas se falta um produto tão baratinho na posto de saúde, o que dizer de outros produtos e medicamentos. Ainda bem que o governo estadual e federal ajuda, se não teríamos que levar médicos para sermos atendidos... Sem contar que o referido posto de saúde passou por uma reforma que durou quatro anos na administração passada e não vi lá grandes coisas não.
E o que dizer do desconforto que é para
receber o pagamento dos salários, já que a prefeitura rompeu com o Banco do Brasil
e forçou todos os servidores a abrirem uma conta em outro banco. Resultado:
Tumulto na agência local do Bradesco, que não estava preparada para receber, de
uma hora para outra, um volume tão grande de serviços.
Porém o mais interessante são as duas principais avenidas da
nossa cidade que, durante a campanha eleitoral, se vestiram de amarelo em apoio
ao atual prefeito. A situação delas está tão feia que nem tem como se desviar
dos buracos. E, como o período de chuvas se estende até abril, o negócio pode
piorar.
A prefeitura até tentar amenizar o desconforto para motoristas
e motociclistas cobrindo as valas com barro e quando chove, o que era ruim fica
pior. Quando não chove e o sol dá o ar da sua graça e resplendor, o poeirão
cobre tudo. Está difícil, nem?
Na semana passada, um grupo de alunos da Escola Maria de
Abreu Bianco postaram imagens de uma enorme poça de lama defronte do portão da
escola numa rede social. A prefeitura aterrou a poça e o serviço teria ficado
bom se não tivesse sido com barro e não chovesse logo em seguida.
A população tem protestado de forma divertida e irônica com
os serviços de infraestruturas recebidos do poder público.
Na Câmara Municipal, alguns vereadores até fazem alguns
discursos inflamados que representam hoje a frustração duma parcela da
população buritisense. Mas esses discursos ficam por ali mesmo, dentro das quatro
paredes da Câmara. Pois o que importa é a atitude e ninguém quer queimar o filme
com o prefeito. Com a população se dá um jeitinho depois.
No mês passado, em entrevista à uma emissora de TV,
a secretária de planejamento do município afirmou que já tinham projetos de
melhorias e recuperação das avenidas e ruas da cidade, porém ela não definiu prazo
para a implementação dos mesmos.
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