Volta às aulas e a vida dentro dos muros.
A
volta às aulas indica um ciclo particular na vida das pessoas e da cidade. Algo
que acontece todos os anos, como as enchentes e alagamentos. Tudo começa com o
fim das aulas. O período das férias é como uma preparação para a correria e
ansiedades do início do ano letivo.
Os
pais e filhos envolvidos por um ponto comum: a escola. Todos ansiosos para
conhecer ou reconhecer a escola e os professores. Nas escolas públicas pouca
coisa muda. Senão umas reforminhas aqui e ali.
As
livrarias ficam entupidas de gente grande e pequena. Todo mundo atrás das últimas novidades
escolares, as recentes inovações em mochilas, cadernos, lápis, canetas, borrachas etc. Uns
escolhem e os outros pagam. Muitas vezes, para aliviar o “sofrimento” que a
escola provoca em seus pequenos, alguns pais compram qualquer apetrecho escolar
do gosto do filho e até o que não precisam. Por outro lado, a escola tenta “libertar”
esses pequenos de tudo aquilo que a ela não convém, até do que eles precisam
(um brinquedo ou um objeto que lhes recordam a família). Começando por alguns
comportamentos e muitas vezes chegando até o aspecto físico do educando
(vestimentas, cortes de cabelo, maquiagem etc.).
Pais
ansiosos, desejosos que as aulas comecem logo. Parece que as férias não acabam
nunca. Ainda tem que lidar com o medo de uma possível greve dos professores,
algo que não pode faltar todo o ano. Isso parece que fazer parte desse ciclo.
Para
a maioria dos alunos é momento de reencontrar amigos, fazer novos amigos e... inimigos também, pois ninguém é de ferro, nem. Para os
iniciantes é o terror, pois a escola é o ponto de separação dos pais. Quanto mais mimado, maior a dor. É que na escola o tempo é controlado pela Matemática, ela governa pela razão e não pelo coração.
Gente diferente. Coisas diferentes. Modo diferente de viver. Regras e combinados. O medo dos menores diante dos maiores. O medo dos pais não voltarem mais para buscá-las é como o desespero da morte para muitas crianças. Por isso nas escolas de educação infantil vemos o desespero de algumas crianças pelos corredores chorando, gritando, esperneando, tentando se desprender dos professores, que nesse momento do processo educativo para o aluno se tornam “agentes opressores e maus”, e fugir para casa. Dificilmente ele conseguirá. Os muros ainda são muito altos e os inspetores têm a rigidez de um militar.
Gente diferente. Coisas diferentes. Modo diferente de viver. Regras e combinados. O medo dos menores diante dos maiores. O medo dos pais não voltarem mais para buscá-las é como o desespero da morte para muitas crianças. Por isso nas escolas de educação infantil vemos o desespero de algumas crianças pelos corredores chorando, gritando, esperneando, tentando se desprender dos professores, que nesse momento do processo educativo para o aluno se tornam “agentes opressores e maus”, e fugir para casa. Dificilmente ele conseguirá. Os muros ainda são muito altos e os inspetores têm a rigidez de um militar.
As
escolas se fecham para os vizinhos e vida lá fora e o ano letivo começa. Os pequenos
resignam-se.
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